25 de Outubro de 1818
O invólucro de um anjo aqui descança,
Alma do céo nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos!—tu, que passas,
Não perguntes quem foi.—Nuvem risonha,
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve occaso,
Realidade no céo, na terra um sonho !
Fresca rosa nas ondas da existência,
Levada á plaga eterna do infinito,
Como offrenda de amor ao Deos que o rege ;
Não perguntes quem foi, não chores: passa.
Poema sobre um menino falecido prematuramente.
1 estrofe de 11 versos decassílabos